Depois do lançamento do seu livro "UMA FRENTE POPULAR NO OESTE DO BRASIL" em Porto Velho em 24 de março, o jornalista e rondoniense ZOLA XAVIER retornando à cidade de Maricá (no estado do Rio de Janeiro), onde atualmente reside, reuniu amigos e admiradores na noite de 19 de maio na TABERNA DA GLÓRIA (icônico local de alta gastronomia e de cultura carioca) para o lançamento oficial no estado do Rio do seu livro, que conta a história da criação do território federal de Guaporé (depois Rondônia) e onde, em um dos capítulos, destaca a violência cometida pelo exército brasileiro em ocupar o Palacete Rio Madeira quando do golpe militar de 1964, então sede da URES (União Rondoniense de Estudantes Secundaristas), ligada a UNE (União Nacional dos Estudantes) e com um braço do CPC (Centro Popular de Cultura) que também habitava o local, e que até hoje, não foi devolvido aos verdadeiros donos, fato que tem começado a mobilizar jornais de Rondônia, do Amazonas, do Rio de Janeiro e de fundamental citação pelo jornalista Ancelmo Góis do O Globo em sua coluna diária "Duas linhas e Meia", encabeçando as informações em 18 de maio, véspera do lançamento na Taberna da Glória para a devolução do histórico prédio aos estudantes de Rondônia.
Na ocasião, o jornalista Pery Salgado - jornal Barão de Inohan (presente ao lançamento no Rio), lembrou que em 08 de julho irá ser comemorado o aniversário de 60 anos do decreto de cessão do Palacete Rio Madeira feito pelo governo do então território de Rondônia, à URES e muito provavelmente, estudantes e sociedade farão ato pacífico em frente ao palacete com direito a bolo e velinhas solicitando ao exército, a devolução do prédio.
"Zola apontou o fato execrável e ainda não corrigido. Zola fez acordar a sociedade e os estudantes rondonienses ao lamentável episódio. Zola está mobilizando a imprensa nacional, advogados e juristas para a reconquista do Palacete pelos seus donos de direito", disse o jornalista.
Na noite do lançamento, muitos amigos e admiradores estiveram na Taberna da Glória para não só abraçar Zola, mas para adquirir a obra que é um compêndio da história do então território de Guaporé, posteriormente Rondônia. "Tal qual Jorge Amado que nos transporta pelos seus livros aos momentos e vidas dos seus personagens, o livro de Zola apesar de relatar fatos históricos, parece um romance, que também nos faz viajar pelo tempo e nos transportar aos locais por ele citados", disse também o jornalista Pery ao psicoterapeuta Alan Christi que esteve no lançamento com esposa e filhos.
Dentre vários nomes de enorme importância na vida de Zola, destacamos a presença de Roberto Percinoto, presidente do diretório municipal do Cidadania no Rio de Janeiro, ativista e companheiro de longa data, do jornalista Almir Paulo, companheiro antigo da militância, da também rondoniense Zora Motta, amiga de infância e esposa do capitão que era o segurança e braço direito de Carlos Mariguela.
Mas o destaque da noite depois de Zola (obviamente) foi a presença de Jorge Coutinho, produtor, músico, artista, também militante dos movimentos políticos e culturais e um os fundadores junto com Oduvaldo Viana Filho, Ferreira Goulart dentre outros, do CPC (Centro de Cultura Popular).
Foi realmente uma noite memorável, mais uma que entrou para a história cultural da Taberna da Glória.
Fotos: Clarildo Menezes