Mais de 140 mil pessoas já morreram por coronavírus no Brasil. A marca foi atingida na sexta-feira 25/9, segundo consórcio dos veículos de imprensa. Foram registradas, nas últimas 24 horas, 32.670 novos casos e 826 novos óbitos.De acordo com o boletim, o país conta agora com 4.692.579 ocorrências e 140.709 mortes provocadas pela pandemia, que chegou ao país em fevereiro.
A média móvel de óbitos, por sua vez, é de 693. A variação em relação a duas semanas é de apenas -4%. Qualquer valor entre -15% e 15% indica estabilização.
A "média móvel de 7 dias" faz uma média entre o número de mortes do dia e dos seis anteriores. Ela é comparada com média de duas semanas atrás para indicar se há tendência de alta, estabilidade ou queda.
O cálculo é um recurso estatístico para conseguir enxergar a tendência dos dados abafando o "ruído" causado pelos finais de semana, quando a notificação de mortes se reduz por escassez de funcionários em plantão.
Em entrevista o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta alertou que o país pode registrar 180 mil mortes (previsto pela equipe do ex Ministro Mandetta) por coronavírus até o surgimento de uma vacina. O número que se imaginava atingir era de 80 mil mortes.
Exonerado pelo presidente Jair Bolsonaro em abril, Mandetta escreveu um livro de memórias, "Um paciente chamado Brasil", em que conta bastidores do combate à pandemia. O ex-ministro deixou o governo por por insistir em pregar distanciamento social contra o vírus e se recusar a liberar a cloroquina sem evidência de eficácia.
Bolsonaro liberou nesta quinta-feira R$ 2,5 bi para ingresso do país na aliança internacional por vacinas contra Covid-19, a Covax Facility. Segundo o governo, com isso, será possível "comprar o equivalente para garantir a imunização de 10% da população até o final de 2021".
A Covax Facility é um consórcio internacional, coordenado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em parceria com outras entidades, para promover acordos multilaterais que acelerem a produção e distribuição de uma vacina contra a Covid-19.
Segundo a Secretaria-Geral da Presidência da República, a adesão "permitirá o acesso ao portfólio de nove vacinas em desenvolvimento, além de outras em análise".
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) roduziu um documento em que faz alertas quanto ao retorno presencial das aulas nas escolas, além de uma série de recomendações para a retomada. Os especialistas apontam que a elaboração do protocolo para uma volta segura deve considerar as condições epidemiológicas locais, como a baixa taxa de transmissão do novo coronavírus e as condições da infraestrutura dos serviços de saúde, assim como a oferta de leitos de UTI.
Entre as ações sugeridas estão o uso de máscaras, a manutenção do distanciamento de até dois metros entre as carteiras, a triagem de sinais da Covid-19 e a reserva de um espaço nas escolas para atender os estudantes com sintomas da doença.